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"Senhor dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra."

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sabedoria, o destino é quem decide.






Um bairro


            Lembro-me dele quando era uma floresta, quando não existia. Era puro mato, era possível verificar a existência de macacos nas árvores, jacarés nas lagoas, cobras nos matos, inclusive lagartos. Porém, isto morreu! Estamos agora diante de prédios, tijolos, cimento, janelas ... O cheiro ficou diferente.
            Antes, junto com a brisa marinha, vinha o sabor do ar salgado e os arrulhos das ondas beijando a areia. Agora, as ruas, o asfalto; ... começam a implantar semáforos nas ruas, vejam só!
            Este bairro, o Recreio dos Bandeirantes na cidade do Rio de Janeiro, já nasceu grande. A especulação imobiliária tratou-o de modificar as etapas de seu crescimento. De uma ordenação gradual e lenta, como podemos verificar em alguns casos, o bairro já “nasceu chique” ... , é, ... é bairro de gente rica, de quem usa celular...
            Mas este novo bairro não me agrada, gostaria de conter as ondas do tempo, e deixar fixa na minha frente a paisagem que ainda mora na minha memória que preservo de nossos primeiros encontros.
            Um bairro ... é ... um bairro. Local da vida, de uma vida silvestre, que agora é espaço para especulação ... Será que este bairro ainda merece este nome - Recreio dos Bandeirantes - recreio de quê?
A herança urbana

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